quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

GRANÉIS LÍQUIDOS - Ampliação do Píer da Alemoa integrará o PAC 2

A construção de um píer com dois novos berços de atracação para navios de granéis líquidos, na Alemoa, em Santos, foi incluída na segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento, o chamado PAC 2. Com a proximidade das eleições presidenciais, o Governo Lula pretende deixar pronto ao sucessor o escopo de um novo plano para o setor de infraestrutura e começa a selecionar as obras prioritárias.


Um dos aparelhos será instalado na Avenida Xavier da Silveira, antes da rampa de subida do Viaduto do Paquetá

Segundo a Associação Brasileira de Terminais de Líquidos (ABTL), o ministro dos Portos, Pedro Brito, garantiu verba federal para o empreendimento.

Ontem à tarde, durante a reunião mensal do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos, dirigentes da associação debateram o panorama do Porto de Santos. Entre os principais dados apresentados, a constatação de que 28% das embarcações aguardam 72 ou mais horas para atracar nos dois píeres da Ilha Barnabé. No Cais da Alemoa, a espera é ainda maior: chega a 40 horas.

O presidente do CAP de Santos, Sérgio Aquino, informou que a ABTL se dispôs a elaborar o projeto para novos píeres na Alemoa (um braço unido ao píer já existente, com dois berços) e na Ilha Barnabé (com três pontos de atracação, elevando a cinco a oferta naquela região). "A Codesp, inclusive, vê vantagem nisso, porque, se ela mesma fosse realizar o projeto, precisaria abrir licitação, o que levaria mais tempo", contou o presidente.

Contudo, apesar da necessidade latente de mais berços para movimentação de granéis líquidos no Porto, por ora somente os dois berços da Alemoa têm verba garantida no PAC 2. Os outros três serão incluídos na nova versão do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do cais santista, que é preparada pela Docas e deve ser apresentada ao CAP para aprovação entre o final deste semestre e o início do próximo.

Para Aquino, o ganho é significativo, se considerado que a demurrage (taxa cobrada pela sobrestadia de navio em um porto) em Santos custa cerca de US$ 30 mil por dia.

ISPS

A Codesp finaliza em dez dias os ajustes no sistema do ISPS Code que permitirão que empresas informem o motivo pelo qual prestadores de serviço acessam o cais. Após isso, começará a fase de cadastro e inserção de dados.

Fonte : A Tribuna Digital
Data : 24/02/2010
SAMUEL RODRIGUES - DA REDAÇÃO

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

UNIMES oferece bacharelado na área de petróleo, gás e álcool

A Universidade Metropolitana de Santos - UNIMES, oferece um interessante diferencial em relação aos cursos oferecidos na área de petrólego e gás (bastante em alta no momento, com o pré-sal, principalmente na Baixada Santista devido à demanda de profissionais que a região terá dentro em breve).
A maioria dos cursos oferecidos para este tema são cursos superiores de curta duração. Excelente para quem tem pressa, algumas vezes já trabalha na área mas precisa se qualificar...
Porém, um detalhe importante que muitos não atentam... Para quem almeja concurso público, muitas vezes, os cursos de curta duração não são aceitos.
Com isso a Unimes sai na frente pois forma um bacharel em administração, podendo tentar todos os tipos de concursos que exijam graduação ou bacharelado.
Os concursos da Petrobrás podem ser um dos maiores focos dos estudantes que buscam estes cursos e portanto ao escolherem a este bacharelado na Unimes poderão ficar tranquilos quanto ao seu tipo de formação ser aceito em concursos.

Vejam no link a seguir mais informações sobre esse curso e se informem sobre vagas remanescentes, ainda há tempo de começar a se qualificar para o boom econômico que estamos prestes a assistir acontecer em nosso país e na baixada santista.

UNIMES - ADMINISTRAÇÃO - GESTÃO DO PETRÓLEO, GÁS E DO ÁLCOOL

SAIBA COMO TRABALHAR NO ESTALEIRO

Quem está interessado em trabalhar no estaleiro que o consórcio da Schahin-Tomé vai implantar no Complexo Industrial e Portuário de Suape deve ficar de olho nos cursos que serão oferecidos para capacitar a mão de obra. Dos 1.700 empregos gerados quando o empreendimento estiver em funcionamento, grande parte será na área técnica, principalmente no setor de solda e montagem. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) oferece vários cursos desse tipo e o Programa de Mobilização das Indústrias Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) está planejando lançar, em março, um edital para escolher 7 mil pessoas para participarem de treinamento na área naval.
“A principal demanda do novo estaleiro será por cargos de soldador, montador, caldeireiro montador, técnico em solda e inspetor de soldagem”, resume o diretor regional do Senai, Antonio Carlos Maranhão de Aguiar. O Senai-PE qualificou mais de 2.800 pessoas que já estão trabalhando no primeiro estaleiro implantado em Suape, o Atlântico Sul.
Segundo Aguiar, a previsão é que, somente no Prominp, sejam oferecidas cerca de 120 turmas, cada uma com 20 alunos formando soldadores este ano. “O que tem atrapalhado o preenchimento dessas vagas é a escolaridade. As provas são bastante básicas, mas há precariedade na educação formal do nível básico”, explica.
No Prominp, é lançado um edital para as inscrições. Depois, os candidatos fazem uma prova e os selecionados participam dos cursos. Para acompanhar o lançamento do edital, o interessado deve olhar o site (www.prominp.com.br). A previsão é que os cursos ocorram entre maio e dezembro.
A expectativa do governo do Estado é que as obras do novo estaleiro sejam iniciadas em julho e concluídas em setembro de 2011. O empreendimento já tem uma encomenda contratada, uma plataforma de petróleo no valor de US$ 1,5 bilhão que será arrendada para a Petrobras.
O Senai oferece cursos básicos e técnicos para várias áreas em que serão necessárias pessoal no novo estaleiro. Nesse caso, a melhor forma de acompanhar os cursos que ocorrerão é olhar o site da instituição. Geralmente, os cursos profissionalizantes têm a duração de um ano e meio a dois anos.
Já no segundo semestre deste ano, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) deve iniciar o curso de graduação em engenharia naval. “A expectativa é que ocorra um vestibular especial no meio do ano para os alunos desse curso”, comentou o professor de engenharia mecânica da UFPE, Armando Shinohara, integrante da comissão que está elaborando o projeto pedagógico do curso.
Os estudantes que ingressaram em engenharia em 2008.2, tão logo o curso seja implantado e reconhecido pelo MEC, poderão migrar para a nova modalidade.
Fonte : Jornal do Commercio - PE

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Basf aposta no biodiesel

A empresa química Basf prevê que a América do Sul responda por cerca de 15% da demanda mundial anual de biocombustível em 2015. De olho nesse potencial, a companhia lançou ontem em Guaratinguetá (SP) a pedra fundamental de sua nova fábrica de metilato de sódio, catalisador para a produção de biodiesel.

A unidade terá uma capacidade de produção anual de 60 mil toneladas e deverá entrar em funcionamento a partir do final de 2011.A nova planta terá como principal alvo o mercado regional. Além da legislação brasileira que exige a adoção do B5, a Argentina também tornou obrigatória a adição de 5% de biodiesel no diesel mineral, também a partir de 2010. Outros países da América do Sul possuem legislação semelhante.

"Com a construção da nossa fábrica de metilato de sódio queremos expandir nossa posição a fim de atender à demanda futura de nossos clientes num mercado que cresce cada vez mais rápido", disse o presidente da divisão de Inorgânicos da companhia, Stefano Pigozzi.
 
Guia Oil & Gas Brasil

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Construção de estaleiro em Fortaleza divide opiniões

Para alguns a construção do estaleiro na praia de Titanzinho, no Ceará, que vira acompanhada da construção de gaseiros e leilão para instalação de plataforma de petróleo, trará crescimento econômico, conforme notícia em Portos e Navios

Já outros não querem trocar o nascer e o pôr do sol por um monte de concreto.
Veja também aqui: Portos e Navios

E você, o que pensa a respeito?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Diversas vagas relacionadas à navegação, terminais e afins

Pesquisem no site Portos e Navios diversas vagas em vários níveis e funções, no setor de logística, transportes, comércio exterior, navegação, terminais, etc.

País tem primeiro superávit geral na balança do petróleo

Pela primeira vez na história, a balança comercial brasileira de petróleo e derivados tem saldo positivo.

Veja em Portos e Navios

Bom sinal para a cabotagem

O cenário do transporte rodoviário de cargas no final de 2009 não era o desejado pela empresas que atuam no setor. Terminais superlotados, falta de caminhões, de motoristas e até de ajudantes causaram expressivos atrasos nas entregas. Em consequência disto, estima-se que devem ser revistos os valores cobrados pelos serviços prestados a fim de atender às necessidades imediatas do setor.


No segundo semestre de 2009, a NTC&Logística realizou uma pesquisa e divulgou, em outubro, que o reajuste para as empresas poderem se reestruturar e investir deveria ser de 15%. Muitas transportadoras não conseguiram praticar essa porcentagem e agora a entidade, após nova pesquisa, sugere que o reajuste deve ser de 18%. De acordo com presidente da NTC, Flávio Benatti, quem conseguiu repassar os fretes naquele período deve compensar agora. "Além disso, é importante que as empresas sejam remuneradas pelos serviços adicionais, como o tempo de espera dos caminhões nos clientes e nos postos fiscais, a permanência da carga nos terminais, a cubagem das cargas volumosas, o manuseio e custos com gerenciamento de riscos, entre tantos outros fatores que contribuem para formar o valor cobrado pelo serviço", afirma.

A crise econômica que abateu o mundo no final de 2008 trouxe consequências graves para a atividade e empresários. Como forma de se proteger e preservar clientes, eles adiaram investimentos e cederam às pressões do mercado, concedendo descontos. Com a retomada da economia, já a partir do segundo semestre de 2009, não houve tempo e nem recursos suficientes para atender à demanda do final do ano com a qualidade e segurança necessárias. Para agravar o quadro, exigências e restrições por parte dos governos e das empresas contratantes estão cada vez maiores. Fatores como taxas, vistorias, licenças e restrições à circulação dos veículos comerciais reduzem a produtividade e encarecem o serviço prestado.

"Diante do quadro em que o setor se encontra, é necessário fazer o realinhamento do frete, pois somente assim, as empresas poderão cobrir os custos, recompor a margem de lucro e investir para que a demanda seja atendida de forma eficiente e com qualidade", assegura Benatti. Para ele, caso o valor não seja alterado, o Brasil perderá economicamente, pois o transporte de cargas é um ponto crucial para o desenvolvimento do País.

Por: Portal Transporte

Petrobras prevê investir R$ 4,5 bi na Amazônia até 2014

Investimentos da Petrobrás na Amazônia movimentam a região, causando impressionante impacto na vida dos habitantes de pequenas cidades da região que estão recebendo royalties pela produção de petróleo e gás.

Vejam a notícia completa em Portos e navios

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Etanol brasileiro é aprovado por agência dos EUA

O etanol brasileiro conquistou ontem a maior vitória dos últimos tempos: a chancela para entrar nos Estados Unidos e, posteriormente, no mercado global. A Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA) classificou o etanol feito de cana-de-açúcar como um combustível avançado, que reduz a emissão de dióxido de carbono (CO2) em 61% comparado à gasolina.


A decisão abre um mercado para o biocombustível brasileiro nos EUA entre 15 bilhões e 40 bilhões de litros nos próximos 12 anos.

"O impacto de médio e longo prazos dessa decisão é mais importante até que uma eventual redução da tarifa de importação de etanol dos Estados Unidos", avaliou o representante-chefe da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), em Washington, Joel Velasco. As usinas nacionais trabalham há dois anos para convencer o órgão americano do benefício do etanol para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

A nova legislação americana estabelece um consumo mínimo de biocombustíveis superior a 45 bilhões de litros este ano. A previsão é elevar esse volume para até 136 bilhões de litros em 2022. Uma fatia de 80 bilhões de litros será reservada para os biocombustíveis avançados, que são celulósico, diesel de biomassa e outros. O etanol brasileiro tem agora uma fatia garantida de 15 bilhões de litros ? um volume três vezes maior que todo o etanol exportado pelo Brasil em 2008.

Para ser considerado um biocombustível avançado, é preciso reduzir a emissão de CO2 em pelo menos 40% em relação à gasolina. Além de ocupar o espaço reservado para os "outros avançados", os usineiros brasileiros querem convencer os Estados Unidos de que o etanol de cana-de-açúcar pode ser usado também no lugar do celulósico, que ainda não tem produção comercial e deve chegar ao mercado com um custo bastante elevado.

Brasil Terminal investe R$ 1,2 bi para nova área portuária santista

SANTOS - A criação de mais de 10 mil postos de trabalhos e recuperação ambiental de áreas degradadas são benefícios que a cidade de Santos (SP) espera capitalizar com a construção de empreendimento em área portuária, pela Brasil Terminal Portuário (BTP) que terá investimento da ordem de R$ 1,2 bilhão. A assinatura do contrato pela obra, a BTP e a Construtora Andrade Gutierrez S.A. ocorreu em cerimônia na sede da Companhia das Docas do Estado de São Paulo (Codesp), com a presença do ministro chefe da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, nesta semana.


Participaram o prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, o presidente da Codesp, José Roberto Correia Serra, o diretor-geral da BTP, Henry James Robinson, o vice-presidente de Relações Institucionais da Andrade Gutierrez, Flávio Gomes Machado Filho, e outras autoridades. Com o início das obras, previsto para abril deste ano, o novo terminal portuário será construído em área arrendada de 342 mil metros quadrados na Alemoa, que serviu durante 50 anos como depósito de lixo da Codesp, proveniente do Porto.

Apenas na recuperação do terreno serão mais R$ 235 milhões. Brito diz que a obra é importante avanço do crescimento do Porto. "Mesmo com a crise internacional, o Porto de Santos manteve seu projeto de expansão, resultado de parceria entre iniciativa privada e Governo."

Solução

Já para o prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, a construção do terminal portuário da BTP transforma um problema da cidade em solução tecnológica e economicamente adequada. "Essa obra marca a história pela capacidade de operação do terminal e pela solução de um problema ambiental". O novo terminal terá 1.108 metros de cais acostável para movimentação de contêineres e de líquidos a granel.

Segundo estimativa, a operação anual será de 1,1 milhão de TEUs (unidade referente a contêineres de 20 pés) e de 1,2 milhão de toneladas/ano de líquidos. Terá tecnologia de ponta em todas as operações. Na fase de construção, está prevista a geração de 3 mil empregos diretos e indiretos. Na fase de operação, o terminal portuário da BTP deve criar 10.500 empregos, entre diretos e indiretos. A Santos Brasil inaugurou a extensão do Tecon Santos, o Terminal 4 (T4), em Guarujá, que amplia cerca de 20% a estrutura do Tecon.

A companhia Brasil Terminal Portuário (BTP) terá investimento da ordem de R$ 1,2 bilhão para uma nova área no Porto de Santos, em parceria na obra com a Construtora Andrade Gutierrez.(Fonte: DCI/da sucursal de santos)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Exposição: Noruega Polar "a aventura branca"

Exposição: Noruega Polar "a aventura branca"

Petrobrás se expande em várias áreas e já movimenta 10% do PIB

SUPERMALHA - Obra de gasoduto da Petrobrás: estatal tem hoje 5.416 km, ante 2.762 km em 2002


Às vésperas do Natal, a Petrobrás comprou sua primeira usina de etanol. Um mês antes, adquiriu metade de uma fábrica de biodiesel. No início do ano, aumentou sua participação na Braskem, empresa que acaba de adquirir a Quattor e formar uma das maiores petroquímicas do mundo. Esses são os lances mais recentes da estratégia de crescimento da Petrobrás, traçada pelo governo Lula, que inclui também compras de redes de postos de combustíveis, usinas termoelétricas e construção de pelo menos uma fábrica de fertilizantes.

Com aquisições e investimentos maciços, a Petrobrás aumentou seu peso na economia do País, com ramificações em várias áreas. O valor do que a estatal produz e o impacto de seus investimentos e gastos na economia já representam 10% do Produto Interno Bruto (PIB), quase o dobro de 2002. Com a ajuda da alta dos preços, do aumento da produção e do refino do petróleo, o valor de mercado da Petrobrás cresceu dez vezes, de US$ 18 bilhões em janeiro de 2003 para US$ 200 bilhões em dezembro de 2009. Segundo a consultoria PFC Energy, a estatal é hoje a quarta empresa de petróleo do mundo.

E não vai parar por aqui. A Petrobrás deve ser beneficiada como a única operadora dos campos do pré-sal e vai receber uma capitalização da União equivalente a 5 bilhões de barris de petróleo - o valor da capitalização ainda não está claro, mas deve chegar a dezenas de bilhões de reais. As megarreservas do pré-sal e investimentos que superam US$ 170 bilhões até 2014 devem ampliar a participação da Petrobrás no PIB para 20%, estimam analistas.

ESTRATÉGIA

Por trás da estratégia do governo de "agigantar" a Petrobrás, existem motivações empresariais , econômicas e políticas. Segundo o diretor de abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, os objetivos são aumentar a escala, para reduzir custos e concorrer internacionalmente, e diversificar as operações, para se proteger de crises e variações abruptas de preços. "A lógica é ser uma empresa de energia."

Para o governo, a estatal também funcionaria como um braço de política econômica, reduzindo a importação de insumos do País. Elevar a competitividade da cadeia de petróleo é uma alternativa para concorrer com a China e aliviar o déficit em transações correntes. A expansão da Petrobrás também tem viés ideológico. O governo defende maior participação do Estado na economia e a utilização da estatal como instrumento de política industrial.

PROTESTOS

A estratégia de transformar a Petrobrás em campeã nacional também gera efeitos indesejáveis e protestos. Única fornecedora de matérias-primas como gás natural e nafta, a estatal vive em pé de guerra com os clientes, que reclamam dos preços. Segundo analistas, a verticalização inibe o setor privado e sobrevivem apenas as parceiras da estatal. "Ou você trabalha com a Petrobrás ou não tem oportunidade. É uma estatização", diz o consultor Wagner Freire. Outro problema é que os setores em que a companhia está envolvida ficam sujeitos a alterações de rumo ao sabor das mudanças de governo.

Segundo um empresário que foi cliente da Petrobrás, a estatal "não entra em nenhum negócio para ser coadjuvante". Apesar da quebra do monopólio em 1997, praticamente só a estatal produz e refina petróleo no Brasil. O investimento em refino saltou de US$ 200 milhões em 2003 para US$ 6,5 bilhões em 2009 e mais cinco refinarias devem ser construídas.

A estatal também cresceu na distribuição de combustíveis. Após a compra da Agip e das operações da Ipiranga no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a participação da Petrobrás Distribuidora subiu de 30,2% em 2002 para 38,6% em 2009, com quase 1.700 postos a mais. Segundo fontes do mercado, a estatal teria tentado comprar a Esso, que acabou com a Cosan. "Não dá para entender por que a Petrobrás compra posto de gasolina. As petroleiras estão se desfazendo deles", diz o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires.

Segundo o presidente da Petrobrás Distribuidora, José Lima Neto, a desistência dos grupos internacionais coincidiu com a decisão da BR de consolidar a operação no País. Ele diz que o objetivo da compra da Agip era incorporar a Liquigás e entrar no mercado de gás de cozinha. Hoje a Petrobrás tem a maior rede de venda e distribuição do produto no País, com participação de 22,8%.

Também na área de logística, a Transpetro vai dobrar sua frota até 2014, chegando a 100 embarcações. As encomendas são feitas no Brasil, para revigorar a indústria de estaleiros, e já representam a quinta maior carteira de pedidos de navios petroleiros do mundo. "Ter navio significa soberania, porque o que agrega valor é a logística", disse o presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

A estatal quase dobrou sua malha de gasodutos. Hoje são 5.416 quilômetros, comparado com 2.762 quilômetros de 2002. A capacidade de processamento de gás natural da Petrobrás saiu de 4,1 milhões de metros cúbicos por dia em 2002 para 23,3 milhões hoje - alta de 468%.

BRIGA DO GÁS

Uma das maiores brigas da estatal é com os clientes do gás. As distribuidoras reclamam que os preços não refletem só o mercado externo, mas também a necessidade de caixa da Petrobrás para financiar investimentos em dutos. E que a falta de garantia no fornecimento atrapalha seus planos. A prioridade do governo no gás é atender as termoelétricas, outro setor que a Petrobrás hoje joga pesado.

O apagão de energia de 2001 provocou um boom de investimentos privados no setor, mas uma mudança da lei no ano seguinte permitiu que estatal fosse às compras. Em 2002, ela tinha três termoelétricas. Hoje possui 14 térmicas a gás natural e 12 a óleo. Algumas das usinas ganharam nomes de ícones da esquerda, como Luiz Carlos Prestes e Leonel Brizola. Somando as 14 pequenas centrais hidrelétricas e uma usina eólica, a Petrobrás tem a oitava maior capacidade de produção de energia elétrica do País.

O aumento do poder na petroquímica é o passo mais novo. A estatal também vai dobrar a capacidade de produzir fertilizantes com uma nova fábrica. Ela já foi dona da Fosfértil, que funcionava como uma política agrícola, pois garantia insumo barato aos produtores, mesmo quando os preços subiam lá fora. Antes da quebra do monopólio, a estatal era chamada de "Petrossauro" pelo economista Roberto Campos. Será que dessa vez vai funcionar? (Fonte: Estadão)

Crise é coisa do passado

A crise que afetou a indústria naval brasileira já faz parte de um passado sombrio, três
décadas de crise, e o setor navega de vento em popa rumo ao futuro. A prova disso são as
ampliações do parque industrial naval no país, conforme disse o presidente do Sindicato
Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo
Santana Rocha.

O Estaleiro Atlântico Sul, segundo ele, foi o primeiro a assinar contrato com a
Transpetro, em janeiro de 2007, para a construção de dez petroleiros, de um total de 26
embarcações, na primeira fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota
(Promef). Também foi o primeiro a iniciar a construção dos navios, em março de 2008. E
deve sair na frente na primeira entrega, prevista para abril deste ano.

"O Estado do Rio de Janeiro, que concentra 15 dos 25 estaleiros em operação, estava
perdendo terreno. Não por falta de competitividade, mas de espaço físico. Era preciso
buscar outras praças. Ou melhor, outros mares. A Ilha de Tatuoca, no Complexo
Industrial Portuário de Suape, oferecia as condições ideais para a instalação do maior e
mais moderno estaleiro do Hemisfério Sul", disse Rocha, salientando que os
investimentos no estaleiro de Suape foram de R$ 1,6 bilhão, e a unidade tem capacidade
para processar 160 mil toneladas de aço por ano.

"Para se ter uma idéia, o segundo maior estaleiro em funcionamento do Brasil, o Eisa
(RJ), tem uma capacidade de 52 mil toneladas/ano. Outros estaleiros de grande porte
também estão surgindo em Alagoas (também Eisa), na Bahia (Paraguaçu e EDB) e no
Ceará (Promar). Representam investimentos de R$ 4 bilhões, com R$ 3 bilhões já
assegurados pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM)", comentou Rocha para quem a
grande diferença ente o passado (anos 70) e o presente reside na relação entre o governo e
o setor. "Naquela época as obras eram induzidas pelo governo. Hoje, se constrói navios
por demanda, e com sustentabilidade".

Projetos

Em Pernambuco, foram anunciados mais dois projetos - o da Alusa, em consórcio com
Galvão e Songdong - um investimento de US$ 350 milhões; e o da Construção, que prevê
investir US$ 100 milhões, com a expectativa de gerar sete mil vagas de trabalho. No
Maranhão, poderá ser construído um centro de reparação naval. Todos aguardam o
resultado da licitação das 28 sondas (drill ships) pela Petrobras, prevista para sair entre
março e abril.

"Pernambuco tem um grande potencial, entre outras coisas, por seu calado (profundidade)
natural. As grandes empresas estão migrando para o Nordeste porque no Rio de Janeiro
não há mais espaço. Com o pré-sal, esse cenário torna-se ainda mais promissor", disse
Rocha, acrescentando que o Sinaval inaugurou, recentemente, um escritório regional no
Recife. O primeiro fora do Rio depois de mais de 50 anos.

O Brasil, segundo ele, já tem a quinta carteira de encomendas do mundo. São R$ 55
bilhões em investimentos e encomendas, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES). As 430 embarcações encomendadas, entre licitadas e a
licitar, vão gerar 60 mil empregos no país até 2015, 30 mil deles no Norte e Nordeste.
Sinal de que a indústria naval brasileira, de fato, renasceu, inicialmente embalada pelo
Promef, e o Nordeste é seu motor de propulsão.

"O interessante disso tudo é que a indústria de navipeças vai crescer em volta desses
estaleiros, movimentando toda a economia", disse o secretário-executivo da entidade,
Sérgio Leal, para quem as novas embarcações vão eliminar os US$ 1,36 bilhão que só a
Petrobras gasta com afretamentos por ano..(Fonte: Monitor Mercantil)

Porto de Santos vai crescer três vezes em 15 anos, prevê Codesp

SANTOS - O Porto de Santos (SP) triplicará de tamanho em 15 anos e espera a captar investimentos da Petrobras para viabilizar áreas de expansão e desenvolvimento para a indústria de petróleo. A afirmação é do presidente da Companhia das Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Roberto Serra. "O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) não captou esses estudos, apenas avaliou a criação de terminais de grãos e contêineres, e também a possibilidade de terminais navais. Mas não descartamos essa possibilidade", afirmou ele, ontem, ao apresentar junto do ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito, um estudo sobre a ampliação do Porto santista.


Segundo Brito, o Porto de Santos estará pelo menos três vezes maior em 15 anos. "A mesma coisa vai acontecer com os contêineres. Vamos passar de 3 milhões de TEUs (unidade de medida de contêiner de 20 pés) para 9 milhões. Então, isso é uma consolidação definitiva de Santos como hub port (porto concentrador) brasileiro", disse. Ele destacou ainda a mudança do conjunto de acessos terrestres à Baixada Santista, em que estudo do BNDES terá de prevê equilíbrio entre os modais de transporte de carga para os próximos 15 anos no porto. Em 2005, 58% da carga recebida na cidade vieram por meio de caminhões e 25%, por trem.

Em relação ao segmento de granéis líquidos, fertilizantes e enxofre, o estudo apresentado ontem fala de um quadro que requer aceleração dos negócios. Além da Brasil Terminal Portuário (BTP), que também atenderá este setor, há a implantação de novos berços para este tipo de carga, como Ilha Barnabé e o Terminal de Alemoa, ambos em Santos. A área de Conceiçãozinha será para granéis sólidos.

Gargalo

Sobre a possibilidade do porto se tornar um gargalo para o Estado de São Paulo, Brito comentou que estudos estão sendo apresentados para que não haja somente planejamento para a ampliação do porto, mas também para transportes terrestres, já que as escalas irão aumentar.

"Não podemos sustentar este crescimento baseados em um complexo de rodovias. É preciso investir principalmente em ferrovias. Aliás, isso faz parte do Plano Nacional de Logística e transportes (PNLT), essa mudança da matriz de transportes no Brasil. Pretendemos dobrar o número de ferrovias até 2025, que hoje conta com apenas 13%", salientou Brito. O ministro também comentou que projetos de novas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), ainda serão concluídas para a discussão na Casa Civil na próxima semana.(Fonte: DCI/ Daniel Popov)

Usiminas Mecânicas teve licença para instalar fábrica em Cubatão

A Usiminas Mecânica obteve nesta segunda-feira (2) as Licenças Prévia e de Instalação para o projeto da fábrica de módulos para plataformas offshore em Cubatão, São Paulo. Esta é a principal fábrica de um conjunto de três unidades que farão parte do novo Complexo Industrial que será instalado em uma área anexa à Usiminas. O projeto, orçado em US$ 200 milhões, foi anunciado no ano passado e será voltado para o atendimento do setor de óleo e gás. O complexo deverá entrar em operação em 2011, com capacidade de produção de até 18 módulos simultaneamente, utilizando como matéria-prima chapas grossas e bobinas vindas da usina de Cubatão e de Ipatinga.


A partir da obtenção das licenças ambientais, junto à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a Usiminas Mecânica vai detalhar o projeto executivo da fábrica de módulos.

Segundo o superintendente de Óleo e Gás da Usiminas Mecânica, Carlos Alberto Schneider, a unidade abre espaço para a empresa participar das primeiras concorrências da Petrobras ou de empresas fornecedoras e também começar a produzir os módulos. "É mais uma etapa para participar das concorrências e assinar os contratos de fabricação destes módulos com a Petrobras", afirmou.

As primeiras licitações da Petrobras deverão ocorrer ainda este ano. A idéia é que, paralelamente à instalação da fábrica, a empresa já comece a elaborar a produção dos primeiros módulos e esteja apta a entregar os produtos no início de 2012. "A partir das primeiras encomendas poderemos fabricar os módulos e embarcar via Terminal Marítimo de Cubatão", apontou o superintendente. A segunda unidade do Complexo fabricará estruturas metálicas e a terceira produzirá blocos, ambos os produtos voltados para a indústria naval.

A estratégia da Usiminas é a consolidar a atuação da empresa em mercados consumidores de produtos de alto valor agregado. Neste sentido, Cubatão seria uma plataforma para a fabricação de produtos que atendem toda a cadeia produtiva de petróleo e gás. "Esta é uma ponta de lança da estratégia da Usiminas, que pretende elevar o volume de vendas totais de aço com maior valor agregado de 22% para 50%, nos próximos quatro ou cinco anos", apontou o executivo.

Ipatinga

Ao lado do projeto de Cubatão, a empresa está em processo de instalação da tecnologia de resfriamento acelerado na Usina de Ipatinga (MG), que demandará aportes de R$ 650 milhões, com uma capacidade prevista em torno de 300 mil e 500 mil toneladas anuais, voltadas prioritariamente para o mercado interno.

A tecnologia de Resfriamento, também denominada CLC ("Continuous Line Control", na sigla em inglês) foi desenvolvida pela japonesa Nippon Steel, uma das controladoras da siderúrgica e que também é responsável pela fabricação do equipamento.

Pelo acordo firmado com a companhia japonesa, a Usiminas será a única siderúrgica brasileira fora do Japão a ser licenciada para produzir chapas grossas de alta resistência e com características ideais para suportar as condições extremas da exploração de petróleo na camada pré-sal.(Fonte: Monitor Mercantil)

Petrobrás abre escritório em Roterdã

A Petrobras abriu segunda-feira escritório em Rotterdã, em solenidade em que o presidente da empresa José Sergio Gabrieli foi recebido pelo prefeito da cidade, Ahmed Aboutaleb, e pelo ministro do Comércio Exterior Frank Heemskerk.

A empresa tem atividade no porto de Rotterdam há mais dois anos. A companhia aloca tanques de ETT e o Terminal Vopak na área do Europoort. No setor de LSFO, movimenta 850.000 toneladas por ano para o mercado de bunker.

A Petrobras importa cerca de 600.000 toneladas de diesel com 0,8% de enxofre. Em geral, a mistura é de no máximo 1.5%, em conformidade com os requisitos da “Área de Controle das emissões de enxofre do Noroeste da Europa". (da Redação)

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